{"id":50,"date":"2023-08-31T11:51:00","date_gmt":"2023-08-31T11:51:00","guid":{"rendered":"https:\/\/sandboxestarifarios.com.br\/blog\/?p=50"},"modified":"2023-11-28T13:09:32","modified_gmt":"2023-11-28T13:09:32","slug":"brasil-engatinha-em-estrutura-de-tarifa-de-baixa-tensao-segundo-consultora","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/sandboxestarifarios.com.br\/blog\/brasil-engatinha-em-estrutura-de-tarifa-de-baixa-tensao-segundo-consultora\/","title":{"rendered":"Brasil engatinha em estrutura de tarifa de baixa tens\u00e3o, segundo consultora"},"content":{"rendered":"\n<p><em>Para Angela Gomes, da PSR, sandboxes tarif\u00e1rios podem confirmar modelos mais vi\u00e1veis que tarifa branca e trazer flexibilidade aos consumidores e a \u00e0s distribuidoras<\/em><\/p>\n\n\n\n<p>A discuss\u00e3o sobre estrutura tarif\u00e1ria para baixa tens\u00e3o avan\u00e7ou pouco no Brasil, apesar de n\u00e3o ser um assunto novo. A recente aprova\u00e7\u00e3o de seis sandboxes tarif\u00e1rios pela Aneel, oficializada em abril deste ano, \u00e9 uma das novidades, mas o tempo m\u00e9dio de finaliza\u00e7\u00e3o dos projetos \u2013 30 meses \u2013 \u00e9 longo, segundo Angela Gomes, especialista da consultoria PSR.<\/p>\n\n\n\n<p>Para ela, seria interessante que as distribuidoras que det\u00eam esses projetos pudessem antecipar resultados antes da finaliza\u00e7\u00e3o dos estudos, uma vez que os resultados poderiam pautar melhor as distribuidoras que t\u00eam planos, por exemplo, de ativar ou ampliar as iniciativas de medi\u00e7\u00e3o inteligente.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cA maioria dos sandboxes aprovados envolve modalidade de tarifa\u00e7\u00e3o e um deles est\u00e1 focado na forma de pagamento\u201d, resume.<\/p>\n\n\n\n<p>A consultora chama a aten\u00e7\u00e3o para a an\u00e1lise de aplica\u00e7\u00e3o dos conceitos de tarifa bin\u00f4mia e do Time of Use (TOU) nos projetos aprovados pela Aneel.<\/p>\n\n\n\n<p>No primeiro caso, esse tipo de tarifa\u00e7\u00e3o j\u00e1 vem sendo aplicado nos clientes do grupo A e, de forma simplificada, significa que quem consome mais energia tamb\u00e9m paga mais, uma vez que a metodologia envolve c\u00e1lculos separados para o consumo e para a demanda de pot\u00eancia. O valor \u00e9 calculado pelo consumo e pelo uso de energia.<\/p>\n\n\n\n<p>J\u00e1 o TOU \u00e9 um modelo de tarifa\u00e7\u00e3o que incentiva os clientes a usar energia fora dos hor\u00e1rios de pico, para os quais as distribuidoras poderiam cobrar pre\u00e7os menores.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo o resumo b\u00e1sico dos projetos atuais, a Neoenergia deve estudar tanto o modelo de tarifa bin\u00f4mia, como a aplica\u00e7\u00e3o do TOU. J\u00e1 a CPFL concentra seu estudo somente na tarifa bin\u00f4mia, enquanto a Energisa foca em tarifa hor\u00e1ria din\u00e2mica, com base no TOU e tamb\u00e9m deve avaliar o pr\u00e9-pagamento.<\/p>\n\n\n\n<p>Essa \u00faltima alternativa pode ser, segundo \u00c2ngela, interessante se combinada com a medi\u00e7\u00e3o inteligente, pois permitiria o recarregamento de cr\u00e9dito, como funciona na telefonia celular pr\u00e9-paga. Para a especialista, seria uma tecnologia que pode at\u00e9 usar o recurso de aplicativo como interface com o cliente, sendo direcionada a consumidores de menor renda.<\/p>\n\n\n\n<p>A tarifa locacional, por sua vez, tamb\u00e9m faz parte dos projetos em estudo, e considera os custos diferenciados de cobran\u00e7a de acordo com a localidade. No caso da Equatorial, o sandbox tarif\u00e1rio deve estudar esse tipo de tarifa\u00e7\u00e3o, combinado com fatores de hor\u00e1rio e meses do ano, a chamada tarifa horo-sazonal-locacional (HSL).<\/p>\n\n\n\n<p>Independente dos resultados, \u00c2ngela espera que a discuss\u00e3o avance para modelos melhores do que o da Tarifa Branca, lan\u00e7ada em 2018, e para a qual ela atribui alguns equ\u00edvocos.<\/p>\n\n\n\n<p>O primeiro deles \u00e9 de considerar os hor\u00e1rios de ponta similares para alta e baixa tens\u00e3o, o que n\u00e3o \u00e9 uma realidade. O segundo seria a falta de flexibilidade, o que n\u00e3o permitiu uma sinaliza\u00e7\u00e3o diferente para energia e para o fio. O terceiro erro e mais importante, de acordo com ele, \u00e9 que a Tarifa Branca \u00e9 um modelo opt-in, ou seja, permite que o consumidor opte ou n\u00e3o por ela. Com essa op\u00e7\u00e3o, a consultora acredita que praticamente ningu\u00e9m adota o modelo, mas somente quem, de fato, tem a conta reduzida.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cN\u00e3o traz nenhum benef\u00edcio para o sistema. Pelo contr\u00e1rio, voc\u00ea s\u00f3 remunera inadequadamente a rede existente, pois h\u00e1 menos receita no sistema e ningu\u00e9m muda o h\u00e1bito de consumo\u201d, argumenta. \u201cLembrando que o que se quer \u00e9 mudar esse h\u00e1bito e reduzir o consumo na ponta\u201d, finaliza.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>Para Angela Gomes, da PSR, sandboxes tarif\u00e1rios podem confirmar modelos mais vi\u00e1veis que tarifa branca e trazer flexibilidade aos consumidores e a \u00e0s distribuidoras A discuss\u00e3o sobre estrutura tarif\u00e1ria para baixa tens\u00e3o avan\u00e7ou pouco no Brasil, apesar de n\u00e3o ser um assunto novo. 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